Thais Squillaro

Minha marca própria nasceu em 2012, no auge dos meus 31 anos. Na época, eu estava repensando minha trajetória profissional quando fui visitar o atelier de uma grande amiga joalheira e ela me disse: vem cá, senta aqui na bancada, vamos fazer uma joia! Foi o meu primeiro encontro com a ourivesaria. Me apaixonei. Quando compartilhei esse momento com a minha mãe, ela me contou que meu avô, protético dentário de profissão, tinha o hobby de criar joias para a minha avó, que era pianista. Eu e meu avô sempre tivemos uma forte ligação até meus 11 anos de idade, quando ele faleceu. Algo que poderia parecer aleatório, só para me ajudar a desobstruir a mente, abriu minha visão de mundo: primeiro porque tive a oportunidade de me reaproximar do design de produto (que é minha formação) e segundo, porque me reconectou com meu avô. Em 2013 mudei de ares e fui viver no Chile para aprender novas técnicas e estudar joalheria contemporânea. Foram dois anos e meio de muitos desafios e aprendizados. De lá pra cá, transitei por outras áreas, outros países. E, há dois anos, retomei o processo. Todo o tempo eu flerto com a arte e gosto de pensar que cada peça seja um manifesto em fragmento, um novo experimento, levando consigo toda uma narrativa. Talvez “fragmentos” seja meu DNA.